(Foto: Assessoria)
A invasão da Ucrânia
pela Rússia completou mil dias, e este marco temporal veio acompanhado de
temores de que o conflito possa escalar com a participação mais efetiva de
outros países.
É que a Ucrânia
disparou, pela primeira vez, mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados
Unidos em direção ao território russo. Em Kiev, os ucranianos acenderam mil
velas para marcar a invasão em larga escala da Rússia iniciada em fevereiro de
2022.
Mais cedo, em uma
cerimônia no parlamento, o presidente Volodimir Zelensky pediu resiliência aos
ucranianos, disse que o país não vai negociar a própria soberania ou abrir mão
de territórios, e descartou a realização de eleições até que a paz seja
alcançada.
Pela manhã, Kiev havia
informado que durante a noite atingiu um depósito de armas na região russa de
Bryansk, a 110 km da fronteira entre os dois países, sem informar quais armas
havia usado.
Já Moscou afirmou que a
Ucrânia lançou seis mísseis. De fabricação americana, cinco teriam sido
abatidos, e os destroços de um deles atingiram a instalação sem causar vítimas
ou danos.
O presidente russo,
Vladimir Putin, vinha dizendo que o uso de armas fornecidas pelo Ocidente
configurava o envolvimento direto desses países no conflito. Putin assinou uma
nova doutrina russa para o uso de armas nucleares. Agora, um ataque a Rússia
feito com o apoio de uma outra potência nuclear pode justificar uma resposta
nuclear de Moscou.
O medo de uma escalada
da situação na Ucrânia impactou os mercados financeiros e fez cair alguns dos
principais índices globais. Os 33 meses de guerra já deixaram centenas de
milhares de mortos nos dois lados. Mais de 6 milhões de ucranianos vivem como
refugiados no exterior. A população do país caiu em um quarto desde que
Vladimir Putin ordenou a invasão por terra, mar e ar, que deu início ao maior
conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.